quinta-feira, 21 de abril de 2011

Dispositivos e Partições no Linux

Nesse post tentarei colocar de uma maneira simples, rápida e fácil, dicas de como lidar com suas partições e dispositivos. Procurarei manter sempre uma comparação com o Windows para ninguém se perder.

HDs
Diferente do que acontece no Windows, no Linux vê-se todos os dispositivos como colaboradores do sistema, e estes serão encontrados no diretório /dev . Sendo assim, se seu modem estiver na COM 2, no Linux ele aparecerá no diretório /dev/ttyS1 , e assim por diante. Como estamos falando de discos, farei uma rápida tabelinha para orientação.

Bios Windows Linux
Primário MasterC:/dev/hda
Primário SlaveD:/dev/hdb
Secundário MasterE:/dev/hdc
Secundário SlaveF:/dev/hdd

Claro que neste caso estamos falando de disco IDE. Para cada particão criada em um disco, diferente do Windows que gera um novo nome para a partição, o Linux da um número a mesma. Vamos imaginar que trabalharemos com o primário master ou como chamaremos sempre a partir de agora hda. Vamos supor que temos um HD de 10Gb, o dividimos em 3 partições, uma de 256Mb pra swap, uma de 4Gb para o root ("../xml/introducao-xml//"), e o resto para o /usr. Com isso seu disco ficará da seguinte forma.
/dev/hda1
/dev/hda2
/dev/hda3
Existe ainda um porém, caso queira acessar arquivos em um sistema com formato diferente do ext2, tipo uma partição Windows (vfat), DOS (msdos), CD-ROM (iso9660, joliet), entre outros, será necessário ter um kernel compilado com suporte a esses formatos.
Por exemplo, para montar sua partição Windows (vfat) localizada em /dev/hda1 use o comando:
mount -t vfat /dev/hda1 /mnt/windows
Outro ponto importante é dizer ao mount qual o tipo de partição ele está montando com a opção "-t", os tipos padrões são:
  • vfat: para partições Windows com FAT16 ou FAT32
  • msdos: para partições DOS
  • iso9660: para alguns CD-ROMs
  • joliet: também utilizado para CD-ROMs
Fiz essa introdução, para que todos pudessem entender como é o sistema de utilização de discos no 1 .

CD-ROMs e floppys
Agora, falaremos como usar seu CD-ROM no Linux. Primeiro verifique onde está o seu CD-ROM. Digamos que esteja no hdc. Existem várias maneiras de acessá-lo. A primeira, na mão com o comando: mount -t iso9660 /dev/hdc /mnt/cdrom . A outra é, adicionando essa linha ao arquivo /etc/fstab :
/dev/hdc /cdrom iso9660 defaults,ro,user,noauto 0 0
E para montar o CD-ROM basta dar o comando: mount /mnt/cdrom ou mount /dev/hdc . O Linux verifica para ver se existe essa entrada no fstab e a monta. O comando mount só pode ser usado pelo super-usuário (root). Uma vez montado o cd-rom, qualquer usuário pode utilizá-lo, com as devidas permissões de uso. Quando o seu CD-ROM estiver montado, não será possível tirar o CD do driver, isto porque é incorreto fazê-lo enquanto o cd estiver sendo lido. Muitas pessoas falam: "Ahh, mais meu Windows faz isso!"../xml/introducao-xml/. Realmente, ele faz, mas a própria Microsoft, em um comunicado, diz que não se responsabiliza por danos causados pelo fato do CD estar sendo lido e um usuário abrir o driver. Para poder tirar o cd do driver é preciso desmontar o CD-ROM com o comando: umount /mnt/cdrom ou umount /dev/hdc . Feito isso, pode-se tirar o cd do driver.
Com o disquete também não é diferente, a diferença é onde o disquete fica no diretório /dev . Geralmente é no /dev/fd0 , pode-se montá-lo na mão ou então criar a entrada no /etc/fstab :
dev/fd0 /floppy auto defaults,user,noauto 0 0
Existem alguns programas que se dispõe a montar seus discos e outros dispositivos automaticamente, como o automount. Isso ajuda bastante se existem muitos usuários na máquina, se não quiser dar permissões de root para os mesmos. Ou pode-se adicioná-los no grupo do CD-ROM e do floppy também. O problema de programas como o automount é que ele realmente monta o dispositivo quando precisa ser utilizado, mas não sabe a hora correta de desmontá-lo, no próprio automount-HOWTO tem um script para fazer isso. Caso queira dar uma olhada vá em http://linuxdoc.org/HOWTO/mini/Automount.html .

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